A Exposição Retrospectiva
Influências Afro-Indígenas é o resultado do trabalho desenvolvido há dez anos
com os alunos das sétimas e oitavas séries e, posteriormente, oitavos e nonos
anos da professora Esp. Margareth Teixeira, da E.M.E.F. Cipriano Porto Alegre,
através da disciplina de artes. Tudo começou em 2007 de forma tímida, com a lei
nº 10.639, o qual foi intitulado de “O negro protagonismo nas artes”. Com o
sancionamento da Lei nº 11.645/2008, o projeto passou por transformações,
recebendo o atual nome: “Reconhecer e valorizar as culturas Afro-indígenas.
Vamos fazer valer a Lei nº 11.645/08. Uma questão de ética, cidadania e justiça
social”.
A exposição irá mostrar a transformação
do conhecimento teórico, dos posicionamentos diante das relações etnicorraciais
(gênero, economia, politico, social, educacional, filosófico e sociológico e
principalmente no que tange ao enfrentamento ao racismo e seus desdobramentos)
em expressões artísticas, bem como a forma que os educandos se relacionam com o
fazer artístico.
Durante esses dez anos, o
projeto vem contribuindo para desconstruir o pensamento eurocentrado
característico de nossa sociedade, e implantar um olhar diferenciado, reconhecendo
as duas culturas como essenciais na construção do país.
A prática artística na escola
possui outro olhar, tornou-se um ambiente para debates acerca de temas atuais
como discriminações, preconceitos, gênero, relações entre os seres humanos,
mercado de trabalho, momento econômico-politico global e brasileiro, tudo isso
foi possível devido o estudo de artistas negros (pretos e pardos) brasileiros.
Nossa escola possui um ambiente
próprio para as experiências criativas dos educandos, nesse ano foi inaugurada
a sala de artes João Eli Castro, em homenagem ao artista negro riograndino
A área de atuação do fazer
artístico, do trabalho desenvolvido nessas turmas, está focada na Arte e
cultura afro-indígena, pois a conscientização de que todos, independentemente
das questões étnicas, de credo, política e gênero entre outros, merecem ser
respeitados e valorizados nas suas escolhas, ou seja, nas suas diferenças. A
diversidade existe, logo devemos repensar e rever nossos conceitos acerca dela,
evitando criar desigualdades e conflitos.
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