terça-feira, 14 de novembro de 2017

Exposição Influências Afro-Indígenas inaugura na Sala Multiuso da Prefeitura Municipal




A Exposição Retrospectiva Influências Afro-Indígenas é o resultado do trabalho desenvolvido há dez anos com os alunos das sétimas e oitavas séries e, posteriormente, oitavos e nonos anos da professora Esp. Margareth Teixeira, da E.M.E.F. Cipriano Porto Alegre, através da disciplina de artes. Tudo começou em 2007 de forma tímida, com a lei nº 10.639, o qual foi intitulado de “O negro protagonismo nas artes”. Com o sancionamento da Lei nº 11.645/2008, o projeto passou por transformações, recebendo o atual nome: “Reconhecer e valorizar as culturas Afro-indígenas. Vamos fazer valer a Lei nº 11.645/08. Uma questão de ética, cidadania e justiça social”.
               A exposição irá mostrar a transformação do conhecimento teórico, dos posicionamentos diante das relações etnicorraciais (gênero, economia, politico, social, educacional, filosófico e sociológico e principalmente no que tange ao enfrentamento ao racismo e seus desdobramentos) em expressões artísticas, bem como a forma que os educandos se relacionam com o fazer artístico.
                Durante esses dez anos, o projeto vem contribuindo para desconstruir o pensamento eurocentrado característico de nossa sociedade, e implantar um olhar diferenciado, reconhecendo as duas culturas como essenciais na construção do país.
                 A prática artística na escola possui outro olhar, tornou-se um ambiente para debates acerca de temas atuais como discriminações, preconceitos, gênero, relações entre os seres humanos, mercado de trabalho, momento econômico-politico global e brasileiro, tudo isso foi possível devido o estudo de artistas negros (pretos e pardos) brasileiros.
               Nossa escola possui um ambiente próprio para as experiências criativas dos educandos, nesse ano foi inaugurada a sala de artes João Eli Castro, em homenagem ao artista negro riograndino
               A área de atuação do fazer artístico, do trabalho desenvolvido nessas turmas, está focada na Arte e cultura afro-indígena, pois a conscientização de que todos, independentemente das questões étnicas, de credo, política e gênero entre outros, merecem ser respeitados e valorizados nas suas escolhas, ou seja, nas suas diferenças. A diversidade existe, logo devemos repensar e rever nossos conceitos acerca dela, evitando criar desigualdades e conflitos.

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